segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Conto - O Insano Diário de um Amigo Meu Parte 6 (Final)




Desculpem pela demora. Tentei upar isso antes, mas fui obrigando a deletar o post e tentar carregá-lo de novo. Mas houveram muito momentos em que eu pensei que os funcionários da instituição fossem descobrir. Porém, não há razão nenhuma para parar. Esta será a última parte da história e última atualização.

Eu e Jessica deixamos a sala abraçados enquanto caminhávamos pelo corredor. Assim como eu e Fleur tínhamos feito há quatro anos, caminhando e esperando que não fossemos notados.
Depois que perdemos Steve, perdemos a esperança. Ou o que restou dela. Fleur, que era uma ex-residente da França, agora uma orgulhosa cidadã norte-americana, e eu, não tínhamos nos importado muito com nossa saúde por alguns meses. Nós basicamente vivíamos de sexo. Nos encolhemos em um armário de vassouras no terceiro andar. Durante muitas horas, ouvimos os gritos das pessoas revivendo suas terríveis mortes. Nós nos mantivemos quietos. Apenas ficamos ali, em meio a vassouras e baldes cobertos de poeira. Aguardando... o que quer que fosse, o fim do mundo ou algo parecido. Por volta das 03:00, a porta foi praticamente rasgada e vimos nossa assassina do machado favorita. Ela cortou Fleur, e a jogou para dentro de uma sala. Eu senti queimaduras em meu braço, cortes e hematomas em todos os lugares do corpo, e um grande sangramento de um corte profundo em meu peito. Eu estava exausto. Miss Mask levantou sua arma, prestes a me cortar ao meio, quando uma pedra a atingiu na cabeça. Ela olha para trás e Fleur está lá. Ela estava chorando, mal conseguia ficar em pé e tinha sangue por todo o rosto. Ela jogou outra pedra. Esta me atinge. A "cabeça de saco" apenas se vira e caminha lentamente em direção a ela. Com um só golpe ela ergue o machado e o enterra no estômago de Fleur, apenas o suficiente para abrir uma grande ferida. Fleur ainda estava viva. Ela alcança a ferida e de uma só vez, e estripa Fleur ali mesmo, no chão da sala de aula. 
"Olá." "Oi Joel. Você finalmente voltou." "Pois é. Vocês nunca foram me visitar." "Você me deixou numa situação um pouco ruim. Eu fiquei bem puta da vida com isso." "Vamos lá, não havia nada que eu pudesse fazer.." "Eu sei. Eu compreendi sua covardia rapidamente. Então você simplesmente conviveu com o que aconteceu. Conviveu com ela." "Não, não convivi." "Ah certo, então com você foi pior. Se você olhar por um ponto de vista compassivo. O que você já não pode mais fazer, certo?" "Você tem falando com os outros?" "Sim. Beverly é bem legal. Já Trevor não consegue parar de falar." "Fleur, estou fazendo isso por todos. Eu vou pará-la." "A que custo?!" Ela está chorando agora. "A qualquer custo. Eu vou parar isso. Eu te prometo. Por favor, não tente me impedir." "Ela faz parte dos seus planinhos também? Será que ela concorda com isso?" Ela fala enquanto aponta para Jessica. Eu estou feliz por Jessica não poder ouvi-la. Eu não podia mais com essa conversa, por isso comecei a andar, Jessica ao me lado sempre. Fleur não fez nenhuma tentativa de me parar ou disse qualquer coisa. Ela sabe que não importa. 
"Quem era?" Jessica pergunta. "Uma velha amiga". "Estavam brigando?" "Sim." Em todo o comprimento do edifício principal há fantasmas sólidos, armados com qualquer lixo que poderiam encontrar, rasgando qualquer coisa que se mexa. Se não matam pessoas vivas, se matam entre si. É tudo muito dividido. Ou você é dos que querem segurar uma arma e ferir a coisa desarmada mais próxima de você ou você é daqueles que se escondem atrás de móveis em ruínas, sendo esfaqueado, cortado, batido, mordido, queimado e mutilados. Vários deles nos notam e começar a fazer o seu caminho em direção a nós. "Precisamos correr. Quarto 324. Rápido!" Começamos a correr, eu deixo Jessica ficar um pouco à frente. Assim que um dos monstros fica a poucos metros dela, eu o acerto com o meu bastão. Conseguimos abrir vantagem rapidamente, quando dois pulam em nossa direção, armados com bastões feitos de bancos de madeira. Nós conseguimos nos esquivar e continuamos a correr. Eu olho para uma janela de vidro, embora eu duvide que possa usar esse truque novamente.
Tentamos evitar tudo em nosso caminho. Agora pode ser um bom momento nessa história para eu me gabar por ter sido um puta d'um atleta em meus anos de colégio. Baseball, karatê, tae kwon do.. eu posso não ter mais o físico de um atleta bem treinado, mas eu ainda sou pró nas artes marciais e nos esportes. O que vem a ser muito útil agora, embora minhas skills de bloqueio de golpes sejam melhor aproveitadas nesse momento em particular. Além disso, o beisebol também está me ajudando. Minha média de rebatidas nunca foi espetacular, mas eu ainda posso balançar o bastão. E é mais fácil atingir uma pessoa do que uma bola. Não vou listar cada movimento que fizemos por esses corredores, deixe-me dizer apenas que estávamos muito perto de nos parecer com a água, tamanha velocidade e intocabilidade. Confesso que fiquei muito impressionado com Jessica, que se move tão bem, se não melhor que eu. Alcançamos a sala 324, localizada ao nosso lado esquerdo. Jessica chega e eu a sigo, fechando a porta atrás de nós. Eu posso ouvir um monte deles batendo e arranhando a porta.
O quarto é escuro como breu. Eu ligo minha lanterna, mas a bateria está acabando, mal iluminando nada. Então eu pego um flare de dentro da minha bolsa, banhando a sala toda com uma luz vermelha. Em nossa frente, há um altar, grosseiramente feito com uma caixa e há um crânio humano sobre a mesa, decorada com grandes chifres. A caixa foi ornada com símbolos, a maioria já bastante desgastada. Vou na frente e Jessica me segue. "É isso?" "Sim, esse é o altar para Išum" "Então, você entendeu tudo?" "Acho que sim." "Quer compartilhar sua visão incrível comigo?" "Išum é um shedu, um espírito guardião antigo do Oriente Médio, retratado como um touro com rosto de homem e asas de águia. E como todos os Deuses antigos, ele gosta de sacrifícios." "Sacrifícios humanos?" "Não necessariamente. As pessoas pensam que ele é ruim, sobretudo depois do advento do cristianismo, que depois de descobrir as práticas de culto à Išum, rebatizaram-no como um demônio, mas antes disso, nos tempos antigos, o chamavam-no de 'Gatekeeper' ou algo como 'porteiro'." "Então o portão da escola está fechado por causa dele?" "Sim. Se você oferecer-lhe alguma coisa, sua porta será protegida por ele e seus servos." "E como você sabe tudo isso?" "Internet, minha cara. Išum oferece muitas habilidades para servos dispostos. Para se qualificar, eles têm que suportar as dificuldades, precisam ser inabaláveis em face de seus medos e perdem a sua consciência, a sua capacidade de empatia com outros seres humanos, permitindo-lhes tomar decisões imparciais ao sentimento." "Ok, o que é que ele tem a ver com Rebecca ou conosco?" Você, eu não sei. Mas quanto à Rebecca, só posso supor. Talvez ela tenha encontrado algumas informações sobre ele. Eu acho que ela ofereceu-lhe alguma coisa, algo que à ele não era oferecido em um longo tempo. Um sacrifício." "Quer dizer então que ela sacrificou toda a escola para uma deidade protetora antiga?" "Sim, algo assim. Não, desculpe, pra ser mais exato, ela tentou sacrificar toda a escola. Sua tentativa falha significa que ela ficará presa aqui até que possa terminar o acordo que fez com Išum" "Ok,e  como você sabe disso?" "Porque quando ele me contatou e me ofereceu o negócio, havia mais do que aquilo que eu te disse. Eu não apenas fiz um acordo com ele, eu disse que iria competir para terminar antes de Rebecca." "O quê?" As palavras mal escaparam de seus lábios e eu a beijei duramente. Eu me sinto, de algum modo, muito triste por tudo isso, por razões egoístas. Assim que eu me afasto, ela começa a ficar mole em meus braços. As lâminas do bisturi de Beverly que eu carregava deslizaram para dentro de seu peito e seu sangue vermelho vivo mancha minhas mãos e pés, e respingam no altar atrás de nós. Coloquei-a em uma caixa de madeira, empurrando o crânio com chifres de lado, ignorando os símbolos. Eu sei que nenhum deles importa. Eu estou de joelhos ao lado de seu corpo quando a porta é aberta. Eu não olho para trás. "Você! Que merda que você fez?" Eu, então, fico em pé e viro. Os olhos dela esbugalham quando ela vê meus chifres é muito divertido." "Olá Rebecca." "Isso é meu!" ela grita enquanto aponta para o meu novo acessório. "Alguém aqui discorda." "Mas... mas... eu estava trabalhando nisso." Ela tira o saco da cabeça. Abaixo, uma menina de cabelos pretos e lisos, com um rosto sujo, olhos verdes e o olhar mais decepcionado que já testemunhei. "Você foi muito devagar Rebecca, você precisa trabalhar mais nas suas habilidades como serial killer. Além disso, ele odiava o trato que fez com você. Por que diabos você achou que um espírito guardião iria gostar de um sacrifício humano como esse?" "Mas por que ele fez o acordo comigo, então?" "Porque não haviam mais ofertas há muitos anos." "Mas eu li sobre isso e eles faziam sacrifícios como este o tempo todo na Mesopotâmia." "Sim, em tempos de guerra, os indivíduos dispostos eram oferecidos como sacrifício para manter exércitos invasores longe das suas cidades. Mas nunca pessoas que não queriam e nunca com a brutalidade que você os sacrificou." "Mas todos esses anos.." "Sim, foi tudo pelo ralo. Desculpe, mas uma vez que faria os mesmos sacrifícios que você, eu não podia deixa-la ganhar.." "Mas por que você? POR QUE VOCÊ?" Antes de responder, eu abri um grande sorriso, agarrei-lhe o rosto e disse: "Por que ele não gosta de você. É por isso que ele me deixou sair daqui há quatro anos, quando você poderia facilmente ter me matado como todos os outros. Por toda a sua força e promessa, você era a única que oferecia alguma coisa. Uma pirralha narcisista que estava furiosa porque ela não foi escolhida na equipe de cheerleading. Porque ela foi rejeitada por um cara que nem sabia quem ela era, quando ela derramou seu coração e pediu-lhe para ser sua acompanhante no baile. Porque você pensou que o mundo odiava você e por isso você escolheu a odiar o mundo. Você é patética. É por isso que ele veio até mim e me ofereceu uma nova vida, caso eu pudesse resolver este enigma e executasse o labirinto de novo, se eu pudesse não só no topo de sua oferta, mas também terminar o seu contrato, eu poderia ter a liberdade que você roubou de mim." Eu larguei de seu rosto.
 
Ela está chorando muito. Eu não teria pensado que ela fosse capaz de chorar há 2 horas atrás. 
"Mas eu oferecido 324 pessoas. Quem diabos você tinha a oferecer?" "As pessoas que vieram comigo. Ou os quatro que foram necessários para terminar o seu contrato. Derik Roark, Natalie Olsen, James Connely e Jessica Harris. Oh, e Sebastião Sánches mas eu realmente não queria matá-lo, então ele não conta. Mas o fato de eu poder nomear cada um deles me dá muitos pontos contando a meu favor. O fato de eu os respeitar e de certa forma os amar também conta mais a meu favor. Você matou pessoas que você não gostava por causa de alguma besteirinha que ninguém além de você mesma entende. Você chama isso de um sacrifício?". Eu me abaixei para onde ela estava sentada no chão. "Você não tem idéia de quão patética você parece, não é? Chegar ao ponto de negociar sua consciência a um poder superior significa que você tem que ter uma primeiro. Chegar ao ponto de negociar a vida das pessoas significa que você precisa amá-las. Você tem que ser capaz de sentir empatia pelas pessoas para fazer isso, mas você é muito idiota mesmo para-" A tosse atrás de nós me assusta e amedronta Rebecca. Eu me viro para ver Jessica levantar a cabeça, enquanto tossia alto. Ela pula fora da caixa e por um momento nossos olhos se encontram. Então ela me dá um tapa no rosto. Muito forte. "Você me apunhalou, imbecil." "Eu s-... eu sinto muito." "Não, você não sente." "Você está certa, como você sabe disso?" "Eu fiz o negócio também, idiota." "Sério? Você trocou sua consciência, sua vida e a liberdade com deus antigo e prometeu-lhe sacrifícios, para ter poder sobrenatural e vingança?" "Principalmente vingança"."Isso inclui-me?" "Talvez. Seus chifres são um pouco mais curtos que os meus e menos curvados." Claro, eu já os tinha visto antes. Ela tem um sorriso perverso no rosto, mas eu tenho a sensação de que ela não era tão louca quanto queria parecer. Em sua jaqueta jeans apertada, manchada de sangue, Jessica parecia mais bonita que nunca. "Olha, em minha defesa, eu não poderia deixar Rebecca vencer. Não depois de ter matada mais de 300 pessoas, incluindo meus amigos, e me colocado no inferno." "Não, eu entendo isso. Mas não seria ruim se você tivesse me contado antes de enfiar uma faca no meu peito. O que me lembra uma coisa.." Ela puxa o bisturi de onde eu havia cravado e ele cai no chão. "Então, qual é o seu sacrifício?" "Ela" Jessica responde secamente enquanto apontava para a anã toda suja e chorosa sentada no chão."Sério? Ele aceitou isso?" "Sim, Išum realmente não gosta dela." Outro conjunto de soluços. Estou muito além de me preocupar com essa garota. "Eu tenho uma idéia melhor. Você acha que ele vai contar como um sacrifício se nós apenas jogássemos Rebecca para a multidão do lado de fora daquela porta?" "Esse era o meu plano. Embora eu ainda não o tenha perdoado." "Eu posso viver com isso. Além disso, eu acho que você precisa ser capaz de simpatizar para perdoar." Eu mantenho a porta aberta enquanto Jessica agarra a garganta de Rebecca e a joga para fora em uma multidão de fantasmas materializados e sedentos por vingança. Enquanto Rebecca é rasgada viva, Jessica me puxa para outro beijo. Nós fechamos a porta. 
E aqui, dois meses depois, eu lhe faço essa visita que prometi. Nossa velha casa longe de casa, a instituição mental. Carter está lá, dormindo. Bom para você homem, eu sei que tem sido difícil para você dormir ultimamente, ainda com esses novos comprimidos. Está um pouco tarde, mas para todos os nossos propósitos, precisamos estar um pouco atrasados. Eu coloquei o livro em sua cama. Espero te ver em breve.

E é isso. Não há mais nada nestas páginas. A razão pela qual eu escrevi isto aqui, porém, é porque o texto não para nas páginas. Na contracapa do livro, há várias frases gravadas através do couro vermelho, cada uma delas surgiu em um dia diferente, não estavam lá antes.

A primeira diz: "Espero que você goste da leitura, amigo. Tenho uma proposta para você. Você apenas tem que estar sério, encarar seus medos e julgar de forma justa."

O segundo diz: "Você já leu duas vezes agora, eu preciso de uma resposta de brother. Não espere até o último minuto, eu não poderia ser capaz de ajudá-lo."

Terceiro diz: "Você colocou isso online? Droga, cara.. você está tentando convencer as pessoas de que é louco?"

O quarto diz: "Ok, eu soei um pouco como um babaca nestes textos, cara. Você não pode deixar algumas das coisas mais pessoais de fora?"

O quinto diz: "Eu sei que é difícil de engolir seu veneno todo dia, cara. Estou pensando em você. Ah, e não se atreva a escrever toda a parte sobre eu estar chorando naquele pequeno blog.."

O sexto"Você disse a eles sua história? Cara, eu disse pra você jogar aquelas pílulas que você ficaria melhor. Mas, falando sério, eles vão te descobrir e você precisa para estar preparado!

Sétimo: "Na sala da Caldeira? Um pouco anti-climático. Deveria ter ido para o telhado."

O último, na verdade, veio enquanto eu estava lendo o maldito diário, enquanto eu o copiava para postar aqui "A chave inglesa no canto. Um gatekeeper pode impedir a entrada de qualquer coisa. Mantenha-se firme Amo você meu amigo."

Essa é a razão pela qual eu compartilhei essa história com vocês. Preciso de ajuda, não, eu só preciso de conselhos. O que devo fazer? A única coisa que eu temo agora é matar alguém, mas na promessa de não temer mais nada de novo, eu posso viver uma vida plena. Eu sei que ele tem de alguma forma me ajudado nos últimos dias, tornando-me mais forte, dando-me um sabor de viver. E de acordo com o próprio Joel, que poderia ter mais do que vida plena em meu futuro. Mas o custo é muito alto.
Basta alguém por favor me dizer, o que devo fazer?


ATUALIZAÇÃO FINAL

Ok, isso pode ser melhor definido como outra Tifu. Para todos vocês que têm me dado o seu apoio e amor, o que eu quero dizer é obrigado. Suas palavras me ajudaram muito. Mas, se você está prestando realmente muita atenção (o que eu, aparentemente, não estava fazendo (embora eu tenha uma desculpa válida para tal)), você pode se lembrar de como eu sofri um dia por muita fadiga, dor de cabeça e confusão devido a algumas novas drogas.


O que aconteceu em seguida, como descrito por meu amigo Joel, foi que eu tive uma longa conversa com um touro, que ostentava uma cabeça humana e grandes asas de águia. Ele me ofereceu liberdade se eu pudesse juntar força, coragem e compromisso suficiente para dar o fora da instituição.

 Eu tinha, na altura, disponibilizado a parte quatro do diário para vocês. Acabei aceitando o trato com Išum, o Gatekeeper, tendo Joel como mediador. Desculpe o esquecimento, eu sei, eu sou um idiota. Mas é que eu consegui esse negócio fantástico, sem precisar sacrificar ninguém, a não ser que alguém tentasse me impedir de sair, o que pelas palavras de Išum, estavam me mantendo preso de forma ilegal e injusta, contra a minha vontade. Aqueles que tentarem deter-me tiveram que ser punidos.

De tudo isso, eu me lembro vagamente, como um sonho nebuloso, onde eu estava conversando com uma vaca. Ou seja, eu estava tão drogado por causa dos remédios, que acabei esquecendo do trato com Išum.

Então, para todos aqueles que me disseram para aceitar o negócio, parabéns! Vocês acabaram de ganhar um favor de um servo de chifres de Išum. A todos aqueles que me disseram para não aceitar o acordo, as suas preocupações e as suspeitas são compreensíveis, eu as tive também. Mas para todos aqueles que disseram que eu ia me juntar às legiões do inferno por isso, não se preocupem. Nós não corremos para assassinar pessoas em nome de Satanás, nem desistimos de nossas almas. Apenas realizamos os desejos dos porteiros Sheda a ajudar as pessoas que buscam sua graça. Embora eles sejam divindades protetoras antigas, eles não querem almas, sacrifícios humanos, caos ou governar o mundo mortal. O que eles querem e precisam é o reconhecimento por seu trabalho. Por exemplo, Joel e Jessica passaram grande parte do tempo nestes últimos dois meses na Ucrânia e em Gaza. Se uma oração pessoal for vaga o suficiente, os Sheda irão interpretá-la como um grito de socorro e irá enviar os dois para ajudar a defender as pessoas em casas, abrigos, escolas ou vilas. Eles fazem isso sempre no segredo das trevas, até os moradores começarem a orar especificamente para Deus, Alá ou alguém que não esteja em nossa jurisdição. Você pode imaginar que esse trabalho não durou muito tempo.

Mas, para terminar o meu próprio conto, eu devo dizer que arrumei um jeito de sair do hospício. Eu acho que não precisei matar muitos enfermeiros e definitivamente não matei nenhum policial. Então agora eu estou sentado em um lugar tranquilo e rural no México (ainda no mesmo telefone, mas eu precisei pegar um cartão SIM para ele, não wifi). Jessica e Joel estão na sala ao lado. Levou quatro anos, mas eles estão finalmente juntos, embora ela ainda esteja bastante chateada com todas as facadas e aquele negócio de sacrificios. Estamos à espera de alguns seqüestradores. Aparentemente eles têm vindo a fazer rondas na área, arrebatando crianças e mulheres jovens para serem usados no comércio sexual ou algo assim. Os moradores têm uma antiga representação de um Sheda em sua igreja, onde não os temem como demônios, mas como os protetores de casas, cidades e países. Estamos aqui para interceptar esses idiotas humanos do tráfico, a pedido dos moradores. Acho que será divertido.

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